Vinicius Monteiro
O Dublê Crítica
Esse texto pode conter possíveis SPOILERS.
Sinopse: Ele é um dublê e como todos na comunidade de dublês, faz as cenas mais arriscadas de explosão, tiroteio, incêndios, perseguição e acidentes de carro, quedas das mais altas janelas, tudo para nos divertir. Mas agora, depois de um grave acidente que quase acabou com sua carreira, esse herói anônimo das produções de cinema precisa descobrir o paradeiro de um astro de cinema desaparecido, desmascarar uma conspiração e tentar reconquistar o amor de sua vida enquanto ainda faz seu trabalho diário. O que poderia dar errado?
Crítica: Uma comédia de ação baseada em um programa de TV dos anos 1980 ainda parece uma ideia improvável. Impulsionado pelo sucesso do momento, Ryan Gosling, "O Dublê" é plano demais, chegando ao final sem atingir as alturas necessárias para causar um grande impacto.
"O Dublê" é dirigido por David Leitch e escrito por Drew Pearce, baseado na série de TV dos anos 1980. O filme arrecadou US$174 milhões em todo o mundo contra um orçamento de US$125-150. Uma vez que a premissa é estabelecida, o resto do filme é dedicado a uma longa e essencialmente extravagância de acidentes, estrondos, saltos e socos.
O longa-metragem chega com um argumento ambicioso e importante: os dublês foram por muito tempo ignorados pela indústria cinematográfica, mesmo que toda a máquina de blockbuster dependa de sua criatividade e coragem. "O Dublê" é uma homenagem de David Leitch aos seus companheiros de segunda unidade.
Ryan Gosling e Emily Blunt têm uma boa química, mas "O Dublê" é mais sobre a ação. O romance encaixado no longa-metragem deixa as coisas muito chatas, a história de amor não engrena, simplesmente essa trama não convence, apesar da ótima interação entre os atores.
"O Dublê" é bem sobrecarregado. Desde os momentos iniciais do filme, há o filme, e depois há o filme dentro do filme. Apesar da ação, há momentos em que o longa-metragem parece um pouco preso entre esses mundos. Tudo é motivo para pausar e entregar uma cena de ação, o que deixa o filme quase que episódico. Há momentos de "O Dublê" em que os personagens estão simplesmente dialogando e coisas estão explodindo sem parar ao fundo da cena.
O filme para mim funcionou muito, quando ele acontece nos bastidores da ópera espacial intitulada "Metalstorm", o longa-metragem que a personagem de Emily Blunt está dirigindo. Na sequência mais legal de "O Dublê", Jody Moreno (Emily Blunt) exige repetidamente que Colt (Ryan Gosling) refaça uma manobra chave para saborear a repetição interminável dele sendo aceso em chamas e jogado em uma rocha.
Pode haver histórias estereotipadas em "O Dublê", mas raramente há acrobacias estereotipadas. David Leitch percorre todos tropos da ação, com sequências de ação canina, perseguição de carro e barco, muito tiroteio e muita briga, que podem ser muito divertidos de assistir.
Quando o escopo do filme se expande além da sua comédia romântica bem água com açúcar, atraindo assassinos profissionais e uma trama de assassinato, a história perde sua faísca mesmo quando a ação se torna mais ambiciosa. Há um certo desespero de fazer com que "O Dublê" seja um blockbuster, mas o filme ganhará muito apoio popular para uma categoria de Melhor Dublê em todas as principais premiações.
Nota: 6
コメント