Godzilla vs Kong Crítica

Esse texto pode conter possíveis SPOILERS

Sinopse: Duas poderosas forças da natureza vão se enfrentar em uma grande batalha. Enquanto a organização científica secreta Monarch caça, investiga e estuda a origem dos Titãs, uma conspiração tem a intenção de acabar com todas as criaturas, sejam elas ameaçadoras ou não. O mundo sobreviverá ao duelo de monstros? 

Crítica: "Godzilla vs Kong" começa com uma cena maravilhosamente divertida de um enorme Kong acordando na Ilha da Caveira e saindo para sua caminhada matinal. Isso inclui ele coçar as costas e tomar um banho em uma cachoeira, é o tipo de cena que promete algo leve e divertido, mas o charme simples desse momento isolado não é replicado. Mais tarde no processo, quando o humor é desejado, o roteiro recai no comportamento chato dos personagens interpretados por Henry e Dennison.

Se você tiver uma sensação de déjà vu enquanto assiste 'Godzilla vs Kong' é porque o capítulo mais recente da série 'Monsterverse' tem mais do que uma semelhança passageira com a franquia 'Transformers' frequentemente ridicularizada, mas financeiramente bem-sucedida de Michael Bay. Os elementos são todos iguais: um foco em criaturas gigantes CGI lutando entre si, explosões e destruição em massa, uma dependência excessiva do espetáculo e um monte de personagens humanos unidimensionais sem personalidade, mas que recebem muito tempo de tela.

Não é possível esperar que os dois monstros batiam um no outro por duas horas. O filme infelizmente é muito mais sobre os atores humanos correndo por aí fingindo que têm algo para fazer, o que realmente não têm, mas o elenco faz o que pode com o roteiro de Eric Pearson e Max Borenstein, que é nada. O lado humano é apenas um extra, ocasionalmente eles jogam alguns absurdos sobre a ciência e fazem grandes exposições históricas, para tentar nos convencer de algo real e verdadeiro.

Os efeitos visuais são certamente impressionantes, com Kong e Godzilla recebendo rostos expressivos e um senso de escala e majestade, há um momento em que arranha-céus são tão enfeitados com neon, que tudo parece artificial e falso demais. Quando se trata de coreografar e encenar as batalhas CGI, o diretor Adam Wingard, mostra que tem o talento para lidar com um grande orçamento e seus momentos espetaculares de explodir o globo ocular. O primeiro encontro entre Kong e Godzilla, que acontece no meio do oceano e envolve a destruição de um punhado de navios de guerra, é intenso. O segundo encontro, que começa como um combate um-a-um antes de introduzir Mechagodzilla na mistura, é o melhor que se pode esperar como clímax.

'Godzilla vs Kong' é a mistura de monstros estúpida e barulhenta para a qual você está muito afim de ver e isso é praticamente tudo que você precisa saber sobre os próximos 110 minutos extremamente agitados. O problema central permanece: os humanos são desinteressantes e os monstros parecem o que são: efeitos especiais extravagantes.

Nota: 5