Vinicius Monteiro
A Mãe Crítica
Atualizado: 9 de mai.
Esse texto pode conter possíveis SPOILERS.
Sinopse: Uma agente do governo muda de identidade e abandona sua filha recém-nascida para protegê-la de seus inimigos. Anos depois, a garota é sequestrada pelos criminosos, forçando a espiã a sair de seu esconderijo para salvá-la.
Crítica: A luta no cinema é muito mais parecida com a dança do que com a luta real. Essa é a oportunidade que a diretora Niki Caro tem com 'A Mãe', um thriller de ação sombrio estrelado por Jennifer Lopez que sabe dançar e sabe sustentar uma personagem de ação.
Jennifer Lopez é pouco utilizada neste filme da Netflix. O enredo e sua personagem são sombriamente sérios. Toda a configuração do filme é uma série de personagens e conflitos mal desenhados. Os personagens estão sempre expondo para o espectador o que eles deveriam pensar sobre a personagem durona, em vez de nos mostrar do que ela realmente é capaz. Os bandidos ilustram que são maus empurrando freiras na rua.
Tudo bem, o filme entregando ação está valendo, bem... As sequências de ação mais emocionantes envolvem tiroteios de longo alcance, cenas de perseguição de veículos e muito disso não é possível ver bem. A cinematografia de Ben Seresin abrange sombras e salas escuras. As poucas sequências de combate corpo a corpo são editadas de forma irreconhecível.
A parte mais interessante de 'A Mãe' é o relacionamento entre a personagem de Jennifer Lopez e sua filha Zoe (Lucy Paez). Uma pequena parte do filme é com as duas interagindo, enquanto JLo ensina Zoe a dirigir, atirar e se defender sozinha no deserto do Alasca.
'A Mãe' rouba os espectadores de qualquer possível apreciação pelo seu próprio trabalho. O resultado final desse filme Netflix é de uma grande oportunidade perdida em redefinir uma estrela como um verdadeiro herói de ação. É bem provável que a plataforma tenha gasto muito dinheiro nesse erro.
Nota: 4
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